Assentos em pé? Companhias aéreas de baixo custo podem lançar novo modelo em voos curtos já no próximo ano
- Felipe Rodrigues
- 23 de mai.
- 2 min de leitura
Nova configuração de assento tipo "selim" pode permitir passagens ultra baratas em voos de até duas horas – mas conforto será um desafio
Você aceitaria viajar quase em pé se isso significasse pagar uma passagem aérea extremamente barata? Pois saiba que essa possibilidade está mais próxima do que parece. Algumas companhias aéreas de baixo custo na Europa já estão de olho no Skyrider 2.0, um modelo de assento que pode ser adotado em voos curtos a partir de 2026.
O que é o Skyrider 2.0?
Trata-se de um assento desenvolvido pela fabricante italiana Aviointeriors, com formato parecido com o de um selim de bicicleta, onde o passageiro viaja inclinado a aproximadamente 45 graus, com o peso distribuído entre pernas e core (a região central do corpo). O cinto de segurança é preso normalmente, mas o conforto é significativamente reduzido.
Esses assentos são extremamente leves — pesam metade de um assento tradicional — e a proposta é aumentar a capacidade dos aviões em até 20%, além de reduzir o consumo de combustível e os custos de operação. Como a limpeza também seria mais simples e rápida, as companhias conseguiriam manter os aviões mais tempo no ar, com menos paragens entre voos.
Quando começam?
De acordo com os relatos mais recentes, o Skyrider 2.0 poderá ser implementado já em 2026, exclusivamente em voos com menos de duas horas de duração. A ideia é oferecer essas passagens a preços extremamente baixos, acessíveis até para quem hoje evita voar por questões financeiras.
Quem deve adotar?
Até o momento, nenhuma companhia aérea confirmou oficialmente que irá adotar o modelo. Mas empresas low cost da Espanha e do Leste Europeu demonstraram interesse na inovação. Vale lembrar que o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, já havia se manifestado favorável ao conceito em 2012, afirmando que poderia instalar até 10 fileiras com esse tipo de assento em seus aviões — com passagens que custariam apenas £1.
A proposta ainda divide opiniões e levanta questões sobre segurança, conforto e viabilidade jurídica, mas sinaliza um novo capítulo na história da aviação de baixo custo. Se confirmada, essa mudança pode alterar a forma como viajamos — e também como encaramos o que estamos dispostos a abrir mão para pagar menos.
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