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Portugal terá uma das idades de reforma mais altas da OCDE e jovens que entram no mercado hoje só se aposentam aos 68 anos

Relatório internacional revela que Portugal ficará entre os países onde os trabalhadores precisarão trabalhar por mais tempo para garantir a pensão completa


reforma em Portugal 68 anos

Portugal deverá estar entre os países com as idades de reforma mais altas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico nas próximas décadas. A conclusão está no relatório anual “Pensions at a Glance”, que significa “Panorama das Pensões”. Segundo a publicação, um jovem de 22 anos que entra hoje no mercado de trabalho deverá trabalhar até os 68 anos para ter direito à pensão completa. Isso coloca o país acima da média da OCDE e entre os oito membros com idade futura de reforma mais elevada.


O estudo mostra que, considerando apenas leis já aprovadas, a idade média de reforma entre os países da organização deve aumentar quase dois anos, chegando a 66,4 anos. Metade dos países analisados passará por aumento semelhante, resultado do envelhecimento populacional e da pressão sobre os sistemas previdenciários.



No caso de Portugal, esse crescimento está diretamente ligado à expectativa de vida. A idade normal de acesso à aposentadoria é ajustada anualmente com base na esperança média de vida aos 65 anos. Isso significa que, quanto mais tempo a população viver, mais tarde os trabalhadores poderão se aposentar sem sofrer cortes. Quem decide se aposentar antes enfrenta duas penalizações: redução de 0,5% por cada mês antecipado e aplicação do fator de sustentabilidade, que em 2025 representa um corte de 16,93%.


A projeção da OCDE coloca Portugal ao lado de Reino Unido e Finlândia, todos com idade de reforma prevista aos 68 anos no futuro. Apesar disso, o país está longe do topo da lista. A Dinamarca lidera com previsão de aposentadoria aos 74 anos, seguida pela Estônia com 71 anos, e pelos Países Baixos, Suécia e Itália, que têm projeções de 70 anos. A Eslováquia aparece logo depois, com 69 anos.



O relatório destaca ainda que oito dos países com idades mais elevadas indexam a idade de aposentadoria à expectativa de vida, como ocorre em Portugal. Na Grécia também há essa ligação, mas é possível se aposentar sem penalização com 40 anos de contribuições, o que muda o resultado. Já na Noruega, essa regra deverá ser aplicada futuramente, aumentando a idade de reforma conforme o ganho de longevidade da população.


Outra conclusão da publicação é que as diferenças entre os países tendem a aumentar. Enquanto alguns caminham para idades de reforma acima de 70 anos, outros devem manter limites mais baixos. Colômbia, Luxemburgo e Eslovênia, por exemplo, devem continuar com idade de aposentadoria aos 62 anos.



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