Programa e-lar reabre com apoios até 1.683 euros e enfrenta corrida de 30 mil acessos a cada 10 segundos
- Felipe Rodrigues

- há 20 horas
- 3 min de leitura
Nova fase do incentivo para substituir equipamentos a gás por modelos elétricos registra instabilidade no site do Fundo Ambiental e promete alcançar mais de 59 mil famílias

O programa e-lar voltou a abrir candidaturas e, mais uma vez, registrou grande procura logo nos primeiros minutos. Segundo o Ministério do Ambiente e Energia, o site do Fundo Ambiental recebeu cerca de 30 mil acessos a cada 10 segundos logo após a abertura desta nova fase, o que causou lentidão e dificuldade para concluir o envio dos pedidos. Ainda assim, mais de 300 candidaturas foram submetidas apenas na primeira hora.
Nesta edição, o valor total disponível para apoio aumentou de 30 milhões para 60,8 milhões de euros. De acordo com o Governo, a ampliação da verba tem como objetivo abranger mais famílias na transição energética. A estimativa oficial aponta que será possível apoiar pelo menos 59 mil agregados familiares.
O programa e-lar financia a substituição de equipamentos domésticos a gás por alternativas elétricas mais eficientes. Entre as opções elegíveis estão placas elétricas, placas de indução, fornos elétricos e termoacumuladores com classe A ou superior, ou classe B para modelos acima de 30 litros. O incentivo também promove a recolha e reciclagem de equipamentos antigos e reforça a eficiência energética das habitações.
O apoio é destinado exclusivamente a Portugal continental e abrange três grupos de beneficiários: famílias inscritas no programa Bairros mais Sustentáveis, consumidores com tarifa social de energia elétrica e qualquer cidadão com contrato de eletricidade ativo. Os valores do subsídio variam conforme o perfil da família.
Para beneficiários da tarifa social ou dos Bairros mais Sustentáveis, o programa pode financiar até 1.683 euros, incluindo IVA, instalação e transporte dos equipamentos. Segundo o Fundo Ambiental, os limites de apoio para este grupo são:
Placa elétrica até 179,60 euros
Placa de indução até 369 euros
Forno até 369 euros
Termoacumulador até 615 euros
Transporte e instalação até 150 euros para placa e forno e até 180 euros para termoacumulador
Total máximo de 1.683 euros
Para famílias sem tarifa social, os valores são mais reduzidos, sem cobertura de instalação e transporte. Os limites são:
Placa elétrica até 145 euros
Placa de indução até 300 euros
Forno até 300 euros
Termoacumulador até 500 euros
Total aproximado de 1.100 euros
Nas fases anteriores, a verba do e-lar esgotou em poucos dias. Por isso, especialistas recomendam preparar toda a documentação com antecedência e tentar submeter a candidatura logo nas primeiras horas. Em edições passadas, apesar de muitos candidatos aguardarem a meia noite, as submissões só foram liberadas ao fim da manhã, o que gerou ainda mais procura simultânea.
Além de cumprir os requisitos, é importante avaliar eventuais adaptações necessárias na residência. Em algumas situações será preciso ajustar a potência contratada de eletricidade ou adequar instalações internas, especialmente em edifícios antigos. Mesmo com possíveis ajustes, o programa pode representar uma economia expressiva ao substituir equipamentos antigos ou pouco eficientes.
O novo ciclo de candidaturas já está aberto. Para se candidatar, acesse este link.
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