Salários na Europa em 2025: veja onde se ganha mais e menos por mês (e por hora!)
- Felipe Rodrigues
- há 6 dias
- 3 min de leitura
De Berna a Zagreb, um estudo revela quais países estão pagando melhor, quais ficaram para trás — e onde o aumento do salário mínimo surpreendeu.

Em 2025, o tema salário mínimo voltou ao centro do debate em toda a Europa. A disparidade entre países é tão grande que chega a ultrapassar 30 vezes entre o maior e o menor salário mínimo do continente. Enquanto alguns governos tomaram medidas ousadas para ajustar os rendimentos à inflação, outros optaram por mudanças tímidas — ou simplesmente não fizeram nenhuma alteração.
É o que revela um levantamento da plataforma BestBrokers, que analisou as variações nos salários mínimos mensais entre 2024 e 2025, além dos salários médios por hora nas capitais europeias. Os dados mostram um cenário desigual e apontam os países que estão avançando — e aqueles que ainda enfrentam grandes desafios.
Onde estão os maiores e menores salários mínimos da Europa?
Luxemburgo segue no topo com o maior salário mínimo mensal da Europa em 2025: 2.638 euros. Logo atrás, vêm Reino Unido, Irlanda, Países Baixos e Alemanha — países que historicamente lideram esse ranking. Já na outra ponta, estão Armênia (183€), Bulgária (551€), Sérvia (619€) e Hungria (707€), refletindo um abismo ainda profundo entre o leste e o oeste europeu.
Portugal, por sua vez, registrou um aumento de 6,06% no salário mínimo em 2025, ficando em uma posição intermediária entre os países que mais e menos reajustaram os rendimentos.

Quem mais aumentou o salário mínimo?
A grande surpresa do ano foi a Bósnia-Herzegovina, com um aumento de 64,74% — mais do que o dobro em relação ao valor anterior. A mudança representa uma guinada política significativa em um país que, até recentemente, figurava entre os que pagavam os menores salários.
A seguir vêm Romênia (22,78%), Bulgária (15,51%), Croácia (15,48%) e Sérvia (13,79%). Esses países, localizados principalmente na Europa Oriental, buscam se alinhar aos padrões da União Europeia e reduzir a desigualdade salarial interna.

Quem pouco (ou nada) reajustou?
Por outro lado, Chipre manteve o mesmo salário mínimo entre 2024 e 2025, mesmo com o custo de vida em alta. Outros países com reajustes mínimos foram Hungria (1,43%), Eslovênia (1,91%), França (1,98%), Bélgica (2,02%) e o próprio Luxemburgo, com um modesto aumento de 2,61%.
Esse comportamento pode ser explicado por políticas mais conservadoras, menores taxas de inflação ou pela dependência de redes de proteção social já estruturadas.
Onde se ganha mais por hora na Europa?
Os salários por hora também revelam muito sobre o poder de compra real e o custo de vida em cada capital. A liderança é da capital suíça: em Berna, o valor médio por hora é de impressionantes 40,01€. Em seguida aparecem Luxemburgo (38,43€), Copenhague (30,65€), Berlim e Amsterdã (ambas com cerca de 27€ por hora).
Na Península Ibérica, os números são mais modestos: Lisboa registra média de 16€ por hora, enquanto Madri atinge 19,32€.
Já os menores salários por hora foram encontrados em Zagreb (1,41€), Armênia (2,90€), Bósnia-Herzegovina (4,90€), Tirana (6,41€) e Sófia (7,31€). Esses valores evidenciam o quanto a diferença entre os países do oeste e do sudeste europeu ainda é expressiva.

Diferença que impacta vidas
Embora alguns avanços tenham sido feitos, o relatório mostra que as desigualdades salariais continuam sendo um obstáculo importante para a mobilidade, a equidade social e a qualidade de vida dos trabalhadores europeus. Mais do que números, essas diferenças afetam diretamente o que cada pessoa pode pagar — seja aluguel, alimentação ou educação.
A esperança está nas reformas que continuam a ser discutidas em diversos países, pressionados pela inflação, pelo custo de vida e por uma população cada vez mais exigente quanto ao seu bem-estar.
E você, o que achou desses dados?
Se estivesse se mudando hoje para outro país da Europa, qual salário mínimo mais te surpreendeu?
Acha que Portugal está no caminho certo com o reajuste de 6%?
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