Sistema de segurança promete trazer mais segurança em pousos e decolagens, além de evitar acidentes
A pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é a primeira do país e a única da América Latina a ter a tecnologia EMAS (Engineered Material Arresting System). A tecnologia é uma estrutura que cria uma nova área de escape a partir de blocos de concreto. Esses blocos se deformam quando as aeronaves ultrapassam os limites finais da pista, melhorando a segurança de pouso e decolagem.
Giuliano Capucho, superintendente de engenharia da Infraero no aeroporto, afirma que "20% dos acidentes aeronáuticos no mundo acontecem por excursão de pista, ou seja, a aeronave ultrapassa os limites da pista de pousos e decolagens. Havendo uma área específica para absorver esse evento nós eliminamos consideravelmente não apenas a ocorrência dele como os impactos para passageiros e aeronave”.
A tecnologia pode ajudar a evitar acidentes como os de Congonhas, cerca de 15 anos atrás, quando um airbus da TAM cruzou a pista antes de colidir com o próprio prédio da empresa na avenida Washington Louis, em São Paulo. Até hoje, a tragédia do voo de Porto Alegre foi a pior da aviação comercial brasileira, matando 199 pessoas. Desde o ocorrido, vem sendo adotadas medidas de segurança para evitar ou pelo menos reduzir outros acidentes.
Esta fase do programa de modernização da infraestrutura do Aeroporto de Congonhas foi concluída este mês, março de 2022, com a implantação do sistema EMAS na entrada 17R da pista principal do aeroporto.
Entre outras melhorias, também foram concluídos ajustes na estrutura da aviação executiva para permitir operação internacional, com investimentos da Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil) de R$ 222 milhões no terminal aéreo.
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