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Esta é a cidade de Portugal onde mais chove – a cada 3 dias, 1 é de chuva!

Bragança lidera o ranking de dias de chuva no país e também registra o maior aumento de temperatura máxima média desde 1960, segundo dados da Pordata.

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No Dia Mundial do Ambiente, um levantamento divulgado pela Pordata – base estatística da Fundação Francisco Manuel dos Santos – traçou um retrato curioso (e preocupante) de Portugal: mesmo com avanços na redução de emissões e proteção marinha, o país ainda enfrenta sérios desafios ambientais, como o aumento da produção de resíduos e a poluição industrial.


E se tem um município que se destaca nesse balanço é Bragança: a cidade aparece como a mais chuvosa de todo o país, com um dia de chuva a cada três dias. Mas não é só isso. Bragança também é onde o impacto das alterações climáticas mais se fez sentir: desde 1960, a temperatura máxima média subiu quase 3 °C, passando de 17,2 °C para 20,1 °C – o maior aumento entre todas as estações meteorológicas analisadas.

Outras cidades como Lisboa, Beja, Castelo Branco e Funchal também apresentam um padrão claro de aquecimento desde o início dos anos 2000. No Funchal, por exemplo, as temperaturas mínimas e médias subiram mais de 2 °C em seis décadas.


Apesar disso, Portugal apresenta bons indicadores no que diz respeito às emissões per capita de gases com efeito estufa: em 2023, foram 5 toneladas de CO₂ por habitante, colocando o país entre os três com menores emissões da União Europeia – atrás apenas de Malta (4,1 toneladas) e Suécia (4,2 toneladas).


No setor automóvel, o progresso também é visível. As emissões médias caíram de 169 g de CO₂ por quilômetro em 2000 para 90 g em 2023, colocando Portugal em 6.º lugar entre os 27 países da UE. Neste ranking, o país é superado apenas por nações como Bélgica, Países Baixos e Dinamarca.

Mas o relatório acende um alerta importante: a indústria portuguesa segue emitindo elevadas quantidades de partículas finas. Em 2022, foram 2,24 g por euro de riqueza gerada – um dos piores resultados da União Europeia. As maiores responsáveis? As indústrias química e papeleira. E o aviso é direto: “A riqueza gerada não compensa a poluição emitida”.


Outro dado preocupante vem da gestão de resíduos: Portugal produziu 5,6 milhões de toneladas de lixo urbano em 2023, o dobro do que foi registrado em 1995. A média atual é de 1,4 kg por habitante por dia. Mais da metade desse volume (54%) ainda vai direto para aterros sanitários. Apenas 17% são reaproveitados de forma orgânica, outros 17% são valorizados energeticamente e 12% passam por separação multimaterial. Em termos europeus, o país está entre os que mais enviam resíduos para aterros.


Por outro lado, a proteção do mar segue como ponto positivo: a expectativa é que, ainda este ano, Portugal ultrapasse a marca de 200 mil km² de áreas marinhas protegidas. Essa expansão inclui a criação do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado – e a revisão do Parque Marinho dos Açores, com novas regras previstas para setembro.

Já no território terrestre, o retrato é menos animador: apenas 22,4% do país é área protegida, o que coloca Portugal entre os 12 países com menor proporção da UE. Além disso, só 16,3% do solo português é destinado à agricultura – um dos menores índices do bloco. Por outro lado, 17,5% do território é coberto por arbustos, um dos percentuais mais altos da União Europeia.


E quando o assunto é qualidade da água nas praias, Portugal também se destaca: a imensa maioria das praias costeiras foi classificada como "excelente". O mesmo, no entanto, não se pode dizer das praias fluviais e lacustres – apenas 67% alcançam esse nível de qualidade, mostrando que há espaço para melhorias no interior do país.

E aí, o que você achou desses dados sobre o meio ambiente em Portugal?

Você imaginava que Bragança era a cidade mais chuvosa?

Conta pra gente nos comentários como está o clima aí na sua região – chove muito também?


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