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Portugal tem mais de 95% do território em seca severa ou extrema

Governo português publicou despacho para liberar medidas de apoio


O Governo de Portugal anunciou hoje, dia 04/03/2022, que 95,5% do território português está em seca severa ou extrema, de acordo com um despacho publicado em Diário da República, que permite a adoção de medidas de apoio.

“Segundo o índice PDSI — ‘Palmer Drought Severity Index’, verificou-se, em fevereiro, um agravamento da intensidade de seca em relação aos meses anteriores, com cerca de 29,3% do território na classe de seca severa e 66,2% na classe seca extrema”

A totalidade do território está assim em seca meteorológica, sendo que 95,5% se encontra em situação de seca severa ou extrema.

Contribuiu para essa situação a “irregularidade das condições agro meteorológicas” em Portugal, destacando-se um "déficit de precipitação acumulada acentuado”, bem como um valor médio da temperatura do ar superior ao normal.

Desde o final de 2021, “tem-se verificado uma descida no volume de armazenamento em grande parte das bacias hidrográficas, sendo de realçar que todo este ano hidrológico se caracteriza por registar armazenamentos totais inferiores à média, devido a ocorrência de reduzidas afluências às albufeiras, resultantes de precipitações pouco significativas ou nulas”.

No total, são reconhecidos mais de 260 concelhos em situação de seca severa ou extrema.

Na quinta-feira, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse, no parlamento, que o despacho que reconhece seca severa ou extrema em quase todo o país e permite acionar medidas de apoio foi assinado na quarta-feira.

“Assinei ontem mesmo [quarta-feira] o despacho através do qual reconhecemos a existência de seca severa e extrema” em quase todo país, anunciou, na altura, a ministra da Agricultura, no debate que contou também com a participação do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, sobre a situação de seca em Portugal, na Comissão Permanente da Assembleia da República.

Segundo a governante, a assinatura do despacho “permite hoje já termos na rua medidas significativas para fazer face aos efeitos da seca em que Portugal se encontra e que afeta os agricultores”.




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