Via Verde para contratação de imigrantes começa devagar, mas segue com expectativa de crescimento
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- 31 de mai.
- 3 min de leitura
Primeiros processos foram enviados por empresas do setor da construção — um dos trabalhadores já conseguiu o visto para Portugal

Depois de um mês e meio em funcionamento, a chamada “Via Verde” para contratação de imigrantes começa, aos poucos, a mostrar resultados. Segundo informou a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), 23 processos já foram enviados à Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP). Um desses pedidos, referente a um trabalhador de São Tomé e Príncipe, já resultou na emissão de visto para entrada em Portugal.
De acordo com Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN, há vários outros pedidos em fase final de preparação, que devem ser entregues nos próximos dias. Esses processos envolvem trabalhadores vindos de países como Cabo Verde, Angola, Marrocos, Colômbia e Peru.
Até agora, cerca de 60 empresas já demonstraram interesse em utilizar esse novo mecanismo, e, segundo Reis Campos, esse número tem aumentado dia após dia. O presidente da associação também destacou que as mesmas empresas devem apresentar novos pedidos, inclusive para trabalhadores de outras nacionalidades.
“Os processos que já foram enviados para a DGACCP dizem respeito a 23 trabalhadores, contratados por empresas, cujo nome, naturalmente, não poderemos revelar, sendo que o pedido que já teve visto é de São Tomé e Príncipe”, afirmou Manuel Reis Campos.
Segundo ele, a média de solicitações varia entre 10 e 20 trabalhadores por empresa, mas a expectativa é que o modelo seja replicado e ganhe escala. O grande desafio, agora, é garantir respostas ágeis por parte dos consulados e das entidades estatais envolvidas. “Se as entidades estatais, incluindo os postos consulares, conseguirem dar resposta atempada aos pedidos das empresas, o setor poderá beneficiar de mais trabalhadores muito em breve”, frisou.
Entenda como funciona a Via Verde para contratação de imigrantes
Anunciada no verão passado, a Via Verde foi uma das respostas do governo português para substituir o antigo sistema de manifestações de interesse, que permitia a regularização posterior de imigrantes que já estavam em território nacional, mesmo sem visto. O novo modelo busca estabelecer mais previsibilidade e segurança jurídica para empresas e trabalhadores, com foco especialmente nos grandes empregadores.
Empresas com mais de 150 funcionários e faturamento mínimo de 20 milhões de euros por ano podem solicitar agendamento prioritário para obtenção de vistos de trabalho. A promessa é que a decisão sobre o pedido ocorra em até 20 dias.
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O processo acontece em cinco etapas:
A empresa reúne os documentos exigidos para os estrangeiros recrutados;
Envia um pedido (individual ou em grupo) para a DGACCP;
A DGACCP encaminha o processo para o posto consular responsável;
O consulado agenda o atendimento dos candidatos, analisa a documentação e instrui o processo;
Com os pareceres emitidos pela AIMA e pela Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros (UCFE/SSI), o consulado toma a decisão final sobre a concessão do visto.
Apesar do começo tímido, o protocolo é visto como uma alternativa importante para reduzir o déficit de mão de obra em setores estratégicos da economia portuguesa, como a construção civil, hotelaria e agricultura.
💬 Você acha que a Via Verde pode mesmo funcionar como solução para o problema da escassez de trabalhadores em Portugal?
Se estivesse no lugar de um imigrante, você confiaria nesse novo processo para vir trabalhar legalmente no país?
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