Portugal está entre os países da UE com menos jovens sem estudo, trabalho ou formação
- Felipe Rodrigues
- há 2 dias
- 3 min de leitura
País já atingiu a meta para 2030 e se destaca no combate à exclusão juvenil; taxa de “nem-nem” é de 8,7% entre os jovens de 15 a 29 anos

Portugal está hoje entre os nove países da União Europeia que já atingiram a meta estabelecida para 2030: ter menos de 9% dos jovens entre 15 e 29 anos em situação de inatividade, ou seja, sem estudar, sem trabalhar e sem estar em formação — o grupo conhecido como “nem-nem” (ou NEET, na sigla em inglês).
Segundo os dados mais recentes do Eurostat, divulgados esta semana, Portugal registrou em 2023 uma taxa de 8,7%, o equivalente a cerca de 140 mil jovens nessa condição. Com isso, o país figura como o nono com o menor índice de jovens nem-nem da União Europeia.
Números colocam Portugal à frente da média da UE
A média europeia está atualmente em 11%, uma melhora tímida em relação aos anos anteriores, mas ainda acima da meta de 9%. Além de Portugal, já estão dentro do objetivo:
Países Baixos (4,9%)
Suécia (6,3%)
Malta (7,2%)
Irlanda e Eslovênia (ambos com 7,6%)
Dinamarca (8%)
Alemanha (8,5%)
República Tcheca (8,6%)
Na contramão, Romênia (19,4%), Itália (15,2%) e Lituânia (14,7%) aparecem com os índices mais elevados de jovens sem ocupação ou formação, refletindo desafios maiores de integração no mercado de trabalho e no sistema educacional.
Em Portugal, tendência de queda é contínua
A trajetória da taxa NEET em Portugal tem sido positiva desde 2015, com duas exceções:
Em 2020, no início da pandemia, o índice subiu para 11%
Em 2023, houve leve aumento para 8,9%, que foi corrigido com a queda para 8,7% em 2024
Outro dado relevante é que, no caso português, a taxa afeta homens e mulheres de forma igual, o que difere da média da UE, onde as mulheres apresentam taxa mais alta (12,1%) em comparação com os homens (10%).
Dados continuam positivos até os 34 anos
Mesmo ao ampliar a análise para jovens de 15 a 34 anos, o país continua com desempenho positivo: a taxa NEET ficou em 9%, com uma redução de 0,3 pontos percentuais em relação a 2022. A média da UE para essa faixa etária também caiu e está em 12,1%.
Eurostat destaca novos obstáculos na transição para o trabalho
Apesar dos avanços, o Eurostat alerta para novos desafios enfrentados pelos jovens, principalmente na transição entre o fim dos estudos e o início da vida profissional. Entre os fatores apontados, estão:
Alta mobilidade profissional, com jovens trocando de emprego com mais frequência e demorando mais para se estabilizar
Aumento do número de trabalhadores-estudantes, o que altera a forma de medir a integração total no mercado de trabalho
Mesmo com os desafios, Portugal aparece como um dos países que mais avançaram na inclusão de jovens no mercado e nas oportunidades de educação e formação — uma boa notícia para quem acompanha de perto as mudanças sociais e os rumos da juventude no país.
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