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Moradores de ilha nos Açores precisaram deixam suas casas por risco de erupção vulcânica

Atualizado: 29 de abr. de 2022

A Agência de Proteção Civil dos Açores registrou tremores de magnitude de até 3,3 graus na escala Richter.


Moradores da vila de Velas, na Ilha de São Jorge nos Açores, território autônomo português no Oceano Atlântico, precisaram deixar suas casas devido ao risco de erupção vulcânica. Moradores deixaram a área, considerada de risco, entre os dias 23 a 25 de março de 2022, e também será proibido circular nas vias próximas ao mar até dia 29 de março.


Hoje a vila possui cerca de 5 Mil habitantes. Os residentes nas chamadas “fajãs”, zonas situadas junto ao mar, bem como os residentes com mobilidade reduzida, incluindo idosos e os que se encontram em edifícios não resistentes, foram realocados em áreas mais seguras da ilha. Os últimos números do governo mostraram que apenas em 23 e 24 de março, cerca de 1.250 pessoas deixaram a ilha.

De acordo com a prefeitura do município, há previsão de temporais na região que podem provocar deslizamento de terra. O objetivo é proteger a população da “intensa atividade sísmica” e “possibilidade real de erupção” de um novo vulcão. As atividades escolares também estão suspensas.


A Agência de Proteção Civil dos Açores, informou que os especialistas acompanham a situação desde 19 de março, quando sismos “acima do normal” começaram a ser analisados. O departamento registrou mais de 12 mil tremores. O maior deles foi no dia 19, com magnitude de 3,3 graus na escala Richter.

Entre os dias 24 e 25 de março, cinco terremotos foram registrados. De acordo com o Centro de Informação e Monitorização Sísmica e Vulcânica dos Açores (CIVISA), o local está atualmente classificado como “V4”, o segundo mais grave em uma escala de cinco.


As autoridades criaram planos de emergência para realocar os moradores, além de abrir postos de saúde 24 horas e enviar mais quatro médicos, cinco enfermeiros e um psicólogo para ajudar a população. O governo também expandiu as ligações aéreas e marítimas para os moradores que desejam deixar a ilha.


A Defesa Civil também aconselhou os moradores a fazerem kits de emergência. O recomendado é que os kits incluam rádio portátil, lanterna, baterias, produtos de higiene, água e comida enlatada para três dias, além de kit de primeiros socorros, agasalhos, sapatos resistentes e documentos importantes em embalagens à prova d'água.

De acordo com o Instituto de Vulcanologia e Avaliação de Risco, a última erupção na Ilha de São Jorge ocorreu em 1808. Em fevereiro de 1964, foi registrada outra erupção que resultou na evacuação de todos os moradores da área. Porém, a erupção foi submarina.


“A integração da informação disponível permite concluir que as estruturas tectônicas onde se desenvolveram as erupções históricas de 1580 e 1808, e a crise sismo vulcânica de 1964, no Sistema Vulcânico Fissural de Manadas, foram reativadas... há evidências de estar iminente uma erupção vulcânica, embora tal cenário não esteja afastado” informou o instituto em comunicado oficial.



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