Os 20 novos radares instalados em vários locais de Lisboa começaram a funcionar em 1 de junho. Os novos radares juntamente com os 21 radares já existentes, registaram 29.727 ocorrências até 24 de junho. Em última análise, 1.239 motoristas, por dia, estariam em alta velocidade nas ruas da capital, conforme as ocorrências registradas pelo sistema de radares de Lisboa.
Os dados preliminares da Câmara Municipal de Lisboa enfatizam que podem não ser “números efetivos relativos a infrações”, pois, em muitos casos podem tratar-se de situações envolvendo veículos prioritários, onde se encontram policiais ou missões de socorro.
No momento, a pouca informação disponibilizada pela autarquia indica que o maior número de ocorrências foi registado em locais como as avenidas Lusíada, Padre Cruz e Infante Dom Henrique, locais onde foram instalados novos radares.
De acordo com informações divulgadas pelo município, “a maior velocidade captada no sistema de radares de Lisboa foi a de 240 km/h na Avenida Marechal Craveiro Lopes (Segunda Circular), junto às bombas posto Repsol, no sentido Aeroporto/Benfica”, onde a velocidade máxima permitida é de 80 km/h, por se tratar de uma rede rodoviária de nivel 1.
A instalação dos novos equipamentos de controle de velocidade envolveu um investimento municipal de cerca de 2,14 milhões de euros (incluindo IVA), dos quais 1,4 milhões de euros foram para a compra dos novos radares.
Os novos equipamentos foram instalados em; Santos e Castro (dois radares), Lusíada (dois), General Norton de Matos (um), Padre Cruz (dois), Marechal Gomes da Costa (um), da Índia (um), Infante Dom Henrique (dois), Dr. Alfredo Bensaúde (dois), Almirante Gago Coutinho (um), de Ceuta (um), Calouste Gulbenkian (um), Marechal Craveiro Lopes (um), a 2.ª Circular (um) e a Avenida dos Combatentes (dois).
Com os novos radares, os dados devem ser transmitidos ao Centro de Coordenação da Mobilidade em tempo real, ou seja, a velocidade média de cada controle, o número de veículos, a distância média entre eles e seus modelos. Informação que, segundo o município, permitirá à Polícia Municipal um controle de tráfego mais efetivo e maior capacidade para evitar congestionamentos.
Em abril de 2021, os 21 radares existentes registraram 115.766 ocorrências, embora apenas 78.940 casos tenham sido considerados válidos, segundo dados fornecidos pelo município à CNN Portugal. Para os demais, não foi possível identificar os motoristas em alta velocidade porque as fotos tiradas pelo aparelho apresentaram falhas, dificultando a confirmação dos números de registro ou capturando imagens em branco. Os números incluem novamente "veículos prioritários em missão" para polícia ou assistência médica.
Nesse caso, considerando as 115.766 infrações detectadas em 2021, divididas pelos 12 meses do ano, o número médio de infrações detectadas por mês é de cerca de 9647, o que é significativamente inferior (cerca de três vezes menor) ao número registrado nos primeiros 24 dias de junho, mês em que dobrou o número de radares na cidade.
O Código da Estrada impõe multas que variam de 60 a 300 euros se o excesso de velocidade for detectado em 20 km/h acima da velocidade permitida. No entanto, se for verificado que a velocidade está compreendida entre 20 e 40 km/h, o valor é agravado entre 120 e 600 euros, e se for registada a velocidade entre 40 e 60 km/h acima do permitido, as multas variam de 300 a 1500 euros.
No caso de infrações muito graves (acima de 60 km/h), a multa pode ir de 500 a 2500 euros, além de ter pontos descontados da sua carta de motorista.
Outras possíveis multas em Portugal, além de excesso de velocidade:
Multas de estacionamento (multa entre 30 € e 300 € ou 250 € a 1 250 € se for fora das localidades)
Beber e dirigir (multa de 250 € até 2500 €)
Multa de inspeção ou inspeção atrasada (de 250 € a 1 250 €);
Multa por falta de seguro (contraordenação grave, multa dos 500 € aos 2.500 €);
Multa por falta da carta de motorista (coima que varia entre os 120 € e os 2 500 €);
Multa pneus fora de medida /pneus carecas (multa dos 250 € aos 1250 €);
Multa cinto de segurança (dos 120 € aos 600 €);
Multa por falar ao telefone (entre os 250 € e os 1 250 € e subtração de três pontos);
Multa por passar sinal vermelho (multa dos 74,82 € aos 374,10 €, subtração de 4 pontos e possibilidade de ficar inibido de conduzir entre 2 meses a 2 anos);
Multa por falta de luzes (entre 60 € a 300 €, conforme a pré ou não sinalização);
Multa por ter um escape ruidoso (multa dos 74,82 € aos 334,10 €, sujeito a perda de pontos);
Multa por vidros escuros (sim, se estiver a circular com película não homologada, a multa é 250 €);
Multa circulação em sentido contrário (coima entre os 250 € e os 1 250 €).
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